Produtos brasileiros terão selo de “pegada de carbono”

A impressão dos pezinhos se iniciou com alguns produtos, e tende a evoluir rapidamente. O importante é que o processo se instale com credibilidade. Ao informar a pegada, esta deve estar correta, e adequadamente referida aos vários elos da cadeia produtiva.

Ou seja, não adianta informar as emissões só das últimas fases de produção ou comercialização, que podem ser pequenas, escondendo grandes emissões mais atrás na cadeia. Assim, a neutralização de uma loja, por exemplo, não gera produtos neutros em carbono. Apenas reduz uma pequena fração. Um produto de aço, por exemplo, vendido numa loja neutra em carbono, não é um produto neutro.

Ao contrário, é um produto que carrega bastante emissões na sua fabricação, e o consumidor deve saber disto para que possa escolher adequadamente. O mérito da loja, inegável, será de reduzir em certa medida estas emissões, mas as reduzirá com relação a todos os produtos oferecidos nela, mantendo a possibilidade do consumidor selecionar o produto de emissões mais baixas na sua fabricação.

A neutralização de produtos, serviços ou eventos é um conceito crescente. Além de reduzirem suas emissões, empresas desejam compensar as emissões remanescentes através do investimento em projetos de absorção de carbono, ou da compra de créditos. É o chamado Mercado Voluntário.





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